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O que rolou no nosso primeiro Product Ops Coffee ☕


Foi em um fim de tarde tranquilo do dia 29 de junho de 2023, em um Google Meet, que sentamos virtualmente em torno de uma mesa de conversa e paramos para ouvir e refletir sobre os conteúdos apresentados no Product Ops Festival de Maio. Se você não sabe do que estamos falando, dá uma conferida nesse link aqui da Product-Alliance, mas não precisa se preocupar porque nossa incrível comunidade recolheu os aprendizados desse evento e viemos aqui em português contar dessa discussão e dos principais tópicos abordados para o público brasileiro de Product Operations (então pegue seu balde de pipoca ou café quentinho e vem conferir o conteúdo do nosso Product Ops Coffe).

Antes de seguirmos para um apanhado da discussão e das palestras, vale só lembrar e reconhecer os membros voluntários que nos propiciaram essa chuva de conhecimento em pouco mais de uma hora de troca: Lucas Velloso, Ana Carolina, Eduardo Magalhães e Ana Campigotto. (suas fotinhos estão abaixo em uma das artes de divulgação que utilizamos).



Desde o começo do encontro, o chat foi super animado, com o público chegando de diferentes canais. Teve gente vindo de linkedin, de grupos de produtos do whatsapp ou slack e também por indicação de amigos. Depois de falar um pouco sobre nossas expectativas para o encontro, comentamos um pouco de cada uma das palestras:


1. Palestra do Chris Butler, Lead Product Manager na Google, apresentado pela Ana Campigotto.


Essa palestra do Chris é bem focada em trazer uma cápsula e praticamente uma demonstração em forma de palestra do que é o curso fornecido por ele. Alguns dos tópicos que chamaram a atenção da Ana e que ela trouxe para conversamos sobre foram o conceito de PM’ing the PM Experience (ou a noção de Prod OPS como o gestor do ciclo de gestão de produtos nas empresas ou o time de produto como produto de POPs) e a discussão sobre métricas e sua utilização para mensurar as entregas de produto, um dos principais pontos levantados foi sobre a busca por medir eficácia ao invés de focar em eficiência (mesmo que o próprio Chris não tenha trazido uma solução para essa provocação sobre as “métricas ruins”) e gerou perspectivas divergentes dos diferentes presentes.


Parte da apresentação utilizada no encontro e do slide elaborado por Ana.



O Lucas trouxe um pouco sobre duas palestras do evento de perspectivas diametralmente opostas praticamente. Primeiro ouvimos um pouco sobre os aprendizados e desafios da Chloe, que comentou de um contexto de montar as coisas do zero, ou como falamos popularmente, começar de onde tudo é mato. A palestra da Chloe falou muito do papel de utilizar dados estrategicamente para conduzir uma estratégia de produto de sucesso, além de comentar sobre desafios e soluções para como trabalhar com diferentes tipos de dados, insights e a comunicação nas organizações.




Trecho da apresentação de Lucas que examina soluções apresentadas por Chloe para comunicação e uso de dados.


Quando passamos a discutir a palestra do Greg, o contexto se inverte. Ele chegou em uma grande organização, com muitos times, produtos e “bagunça” para organizar, ou se quisermos usar um termo mais produteiro, muitos alinhamentos a serem feitos.


O interessante da narrativa do Greg foi ele trazer o ponto de união para trabalhar com tantos grupos de diversas perspectivas: focar no problema. O problema ou os problemas, são pontos em comum que unem diversos stakeholders e ajudam a aliar esforços na mesma direção. Isso rendeu uma boa discussão e algumas reflexões, inclusive no chat, que bombou de mensagens, reflexões e provocações sobre essa abordagem enquanto o Lucas contava mais da palestra. Em sua estratégia de ir onde os problemas estão greg desenvolveu soluções em três frentes: Ferramentas, Comunicação e Treinamento. Nesse último pilar ele buscou atingir Clareza (todos entenderem o que estão fazendo e o que seus parceiros estão executando) e confiança (perder o medo do erro e parar de pedir permissão para executar).


Ambos os tópicos trazem um pouco da realidade de que o planejado raramente acontece e que como o Lucas trouxe em um de seus slides de referência, o sucesso não é linear.



Imagem usada por Lucas e também pela speaker Chloe Mackie.



A Ana trouxe a perspectiva e os aprendizados de Baris, sobre criar uma área de Product Operations do zero. Um dos pontos centrais foi sobre como foi identificada a necessidade da criação de uma área de product operations, no caso de Baris, foi mais uma listinha de fatores: sobrecarga tática, tomada de decisão sem utilização de dados, várias iniciativas paralelas em andamento, falhas nas comunicações entre áreas e objetivo(s) estratégico(s) indefinido/não acionável.


Se você não é de product operations, está lendo esse artigo e reconheceu sua organização na listinha acima, bom, quem sabe esse texto já não te trouxe uma boa reflexão não é mesmo? No nosso grupo de discussão com certeza algumas pessoas (tivemos pessoas de diferentes senioridades presentes e uma série de interessados em aprender sobre product operations) refletiram sobre esse ponto.


Baris Ermut elencou 5 etapas para construir uma área de Product Operations que foram bem sintetizadas no slide trazido pela Ana:



Slide da apresentação da Ana.


Um ponto importante é que Baris ressaltou em sua palestra sobre o contexto de cada empresa ser único e que ele deixou as etapas que adotou, porém que elas não eram uma “receita” ou caminho mágico a ser seguido.


Em relação ao painel, a Ana trouxe uma síntese sobre o tópico discutido: Centralidade no cliente e construção de ciclos de feedback de produto. Comentamos um pouco sobre as melhores práticas, ferramentas, processo e principais pontos de atenção ao trabalhar com esse assunto. O Slide elaborado pela Ana é um excelente resumo da discussão:



Slide da apresentação da Ana.



Para encerrar o conteúdo das palestras do Product Operations Festival, tivemos o Dudu da RD Station falando de sua própria palestra e trazendo para a mesa o tópico de desenvolvimento de carreira em Product Operations junto ao case da RD Station.

Ele falou um pouco dos valores da RD e que para cada um dos valores, eles identificaram um conjunto de habilidades desejáveis para as pessoas de Product Operations.



Desenho ilustrativo trazido por Dudu mostrando a conexão dos valores da RD com as competências esperadas em Prod Ops.


Com certeza a conversa com o Dudu traz muitos pontos de reflexão sobre como trabalhar trilha de desenvolvimento em carreira para product operations e pode inspirar profissionais que querem construir esse caminho de uma forma que conecte de maneira única e significativa os valores de sua organização à evolução de sua própria carreira ou de toda sua equipe. O Dudu ainda deu algumas dicas de ouro baseadas na sua experiência e aprendizados como as seguintes:

  • É importante você firmar dentro das frentes que você estabelece de atuação nos componentes de Product Operations (Insights, Governance e Enablement), quais são as habilidades que podem funcionar como alavancas para sua própria evolução.

  • As relações entre você e seus pares são como uma conta bancária emocional, então mantenha-a sempre positiva.



  • Organize os indicadores precoces e distantes para aprimorar sua proficiência em como produto impacta no negocio.

  • Responda as perguntas da categoria de critical reasoning do GMAT.

  • Decomponha as métricas econômicas da companhia em indicadores precoces de produto que podem indicar o impacto no negócio.

A antepenúltima e última dica, levaram a menção e falarmos um pouco de Leading and Lagging Indicators e do modeling business tree. Todos saímos com certeza energizados e cheios de novas ideias para fazer product operations evoluir no Brasil.


Bônus ! Do chat pro artigo:


Durante o nosso café muitas trocas legais e perguntas foram feitas também no chat. Para encerrar o artigo, deixei uma seleção de 5 perguntas que saíram do nosso encontro:


1 - Sobre métricas e como mensurar sucesso de Product Operations: As metas e indicadores deveriam ser tbm orientados ao problema central e não aos resultados?


2-Sobre começar Prod Ops do zero: Quais áreas devem ser envolvidas na construção de uma área de Product Ops? E também como medir?


3-Sobre a relação entre Prod Ops e People: Vejo que existe muita sinergia entre ProdOps e People Analytics, inclusive em muitos desses pontos do Chris Butler relacionados a pessoas como experiência, retenção e utilização de dados. Cheguei a atuar muito próximo do time de People do Hurb para construir uma frente nesse sentido. Vocês têm alguma experiência/case nesse tema?


4- Sobre comunicação com a empresa: Como explicar Prod Ops para as outras áreas? Pra mim foi bem difícil alinhar as expectativas do que eu faço e do que poderia ser esperado de mim, assim como quando me procurar para pedir ajuda


5- Sobre as competências na carreira de Prod Ops: Quais são os pontos positivos que a empresa pode ter trazendo alguém que seja muito bom de análise crítica e comunicação para Product Ops?


E você como vê as respostas para essas perguntas? Acompanhe nossa comunidade no Slack e fique de olho nas próximas edições do Product Ops Coffe para vir trazer sua contribuição e aprender muito em conjunto.

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